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Esposa de MC Poze é intimada; ela é investigada por calúnia e difamação

MC Poze do Rodo foi recebido por multidão após ser solto de presídio no Rio - Victor Chapetta/Agnews
MC Poze do Rodo foi recebido por multidão após ser solto de presídio no Rio Imagem: Victor Chapetta/Agnews
do UOL

De Splash, em São Paulo

05/06/2025 14h31Atualizada em 05/06/2025 15h32

Viviane Noronha, esposa de MC Poze do Rodo, foi intimada a prestar depoimento após insinuar que policiais civis teriam desaparecido com joias da família durante a prisão do marido, no dia 29 de maio, em casa, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

Intimação foi entregue na tarde de hoje. A informação foi confirmada a Splash pela assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foram ao local para entregar à investigada intimação de procedimento que apura os crimes de calúnia e difamação. Polícia Civil

Poze do Rodo reagiu à visita por meio de publicação nas redes sociais. "Minha família não aguenta mais essa perseguição. Que isso. Vocês não têm coração? Vocês não têm família? Pelo amor de Deus. Não aguento mais isso. Já provamos milhas e milhas que não sou nada de errado. Não arrumou nada comigo e, agora, é a minha esposa? Que loucura é essa."

Vivi postou no Instagram uma foto do documento. "Mais um dia. A única coisa que queremos é paz. Nada mais que isso", escreveu a influenciadora.

Na terça-feira (3), Vivi Noronha foi alvo de uma operação contra lavagem de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho. A cúpula do CV teria movimentado R$ 250 milhões e Vivi e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos da facção, como laranjas.

O objetivo seria ocultar a origem ilícita do dinheiro, reinvestido em fuzis, cocaína e na consolidação do poder territorial da facção em diversas comunidades, segundo a polícia.

MC Poze deixa prisão

MC Poze - Victor Chapetta - Agnews - Victor Chapetta - Agnews
MC Poze abraça mulher, Vivi Noronha, após deixar prisão
Imagem: Victor Chapetta - Agnews

MC Poze do Rodo deixou Bangu 3, no Complexo de Gericinó, na terça-feira (3), após decisão da Justiça do Rio de Janeiro. O músico foi recebido em frente à unidade prisional por familiares, amigos e uma multidão de fãs.

Artista estava preso em área destinada a membros do Comando Vermelho. Durante o processo de triagem, o cantor afirmou não ter problemas em conviver com a facção.

Justiça concedeu habeas corpus um dia antes do funkeiro sair da prisão. De acordo com o desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá, a prisão de 30 dias seria excessiva para o prosseguimento das investigações.

Defesa do MC argumentou no pedido de habeas corpus que a prisão era ilegal e desproporcional, configurando uma violação à liberdade de expressão. O pedido destacava que as manifestações artísticas do músico, que retratam a realidade vivida em comunidades historicamente marginalizadas, são protegidas e não configuram incitação direta a crimes.

O artista é investigado por suposta apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho. De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que o cantor realizava shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV. A "segurança" desses eventos era garantida pela presença ostensiva de traficantes com armamento de grosso calibre, como fuzis.

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