Comemoração de título tem confusão, tiros e mais de 100 presos na França
A comemoração do título inédito do PSG da Liga dos Campeões terminou em confusão e prisões em Paris. Na região da avenida Champs-Élysées e nos arredores do Parque dos Príncipes, torcedores entraram em confronto com policiais. A polícia local anunciou ter feito mais de 130 prisões, segundo a Reuters.
O que aconteceu
A confusão começou ainda no primeiro tempo, depois de o PSG abrir o placar da final. Parte dos torcedores teria subido correndo a avenida com disparos de rojões e fogos de artifício. Imagens mostram bastante correria na região causada por explosões ao nível do solo.
A tropa de choque entrou em ação e entrou em conflito lançando gás lacrimogêneo e canhões de água. Houve disparos dos dois lados, segundo o jornal francês Le Parisien. A prefeitura definiu o confronto como "parte do público mal-intencionado". A segurança na região já havia sido reforçada por ser local de reunião de torcedores.
Um relatório inicial apontou que 59 pessoas foram presas, principalmente, pela posse de fogos de artifício e produtos incendiários. Outros nove foram detidos perto do estádio do PSG, o Parque dos Príncipes, no oeste de Paris, informou o jornal francês Le Monde. Ainda perto da arena do PSG, bombeiros atuaram para extinguir incêndios.
Antes das 23h (horário local, 18h no horário de Brasília), um veículo foi incendiado na área de Porte de Saint-Cloud, em Paris.
Estabelecimentos foram saqueados na Champs-Élysées, de acordo com o jornal francês Le Parisien. As lojas Foot Locker, de roupas e órios, e a, de decoração, foram invadidas.
Quatro pedestres foram atropelados durante as comemorações na cidade de Grenoble. Duas mulheres, de 23 e 46 anos, e um adolescente de 17 anos estão em estado grave.
Inicialmente, o motorista da BMW abandonou o carro e fugiu do local, segundo o Le Parisien. Depois, ele se apresentou à polícia e foi detido.
'Bárbaros', diz ministro
Ministro do Interior disse que os agressores saíram às ruas de Paris para "cometer crimes e provocar a polícia". Bruno Retailleau pediu que as forças de segurança reajam "vigorosamente aos abusos", oferecendo apoio ao chefe da polícia de Paris e aos agentes que estão nas ruas.
É inável que não seja possível festejar sem temer a selvageria de uma minoria de bandidos que não respeitam nada.
Bruno Retailleau, ministro
O presidente do PSG, Nasser al-Khelaïfi, pediu calma aos torcedores. "Por favor, precisamos de calma, sem acidentes, queremos segurança e comemorar junto com a família, isso é o mais importante", disse ao Canal +.
O camisa 10 do time, Ousmane Dembélé, também se posicionou. "Deve estar incrível em Paris. [...] Vou repetir, mas, por favor, comemorem sem quebrar tudo", afirmou ainda no Allianz Arena.