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PGR defende manutenção de prisão de Braga Netto: 'Adequada e proporcional'

O general Braga Netto (PL) foi ministro da Defesa no governo Bolsonaro e candidato a vice em 2022 - Sergio Lima/AFP
O general Braga Netto (PL) foi ministro da Defesa no governo Bolsonaro e candidato a vice em 2022 Imagem: Sergio Lima/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

02/06/2025 21h05Atualizada em 02/06/2025 22h02

A PGR (Procuradoria-Geral da República) defendeu hoje a manutenção da prisão preventiva do general Walter Braga Netto, preso desde dezembro de 2024.

O que aconteceu

Braga Netto foi preso preventivamente em dezembro de 2024 por suspeita de tentar obstruir a investigação sobre o plano golpista. Segundo a Polícia Federal, ele tentou conseguir informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid para rear a outros investigados e também alinhou versões com aliados.

Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, os motivos que fundamentaram a prisão preventiva de Braga Netto permanecem. "Dada a permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático-probatório que embasou a medida, não há que se cogitar de sua revogação."

Prisão de Braga Netto ainda se mostra "necessária, adequada e proporcional", segundo Gonet. "A compreensão é, portanto, de que a restrição excepcional da liberdade de ir e vir do agravante ainda se revela necessária, adequada e proporcional e não pode ser eficazmente substituída por medidas cautelares alternativas neste momento.

Medidas alternativas à prisão não seriam suficientes para "garantia da ordem pública", diz Gonet. "As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução."

Ele foi denunciado no "núcleo crucial" do plano de golpe, o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia foi recebida por unanimidade pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) no final de março. Desde então, o general é oficialmente réu no processo.

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