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Com demanda fraca, setor de serviços do Brasil tem segundo mês seguido de contração em maio, mostra PMI

04/06/2025 10h01

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - Com queda em novas encomendas e na produção, a atividade de serviços do Brasil retraiu em maio pelo segundo mês consecutivo, embora a contração tenha sido menos intensa do que em abril, apontou uma pesquisa nesta quarta-feira.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), compilada pela S&P Global, subiu a 49,6 em maio, de 48,9 em abril. Apesar da alta, o índice ficou abaixo da marca de 50 -- que separa crescimento de contração -- pelo segundo mês seguido.

Os participantes da pesquisa apontaram que as vendas caíram em meio à demanda fraca, levando a outra contração da produção em maio.

Em alguns casos, as empresas afirmaram que as pressões inflacionárias afetaram o volume de novas encomendas.

Como resultado da contração na produção, o PMI indicou que o emprego entre as empresas de serviços aumentou apenas marginalmente, com a menor alta em seis meses, enquanto os fornecedores de serviços se tornaram mais otimistas em relação às perspectivas.

A confiança melhorou e chegou ao maior patamar em três meses em meio a expectativas de condições melhores de demanda, aumento da base de clientes, investimentos e estabilidade econômica.

Tanto os preços cobrados pelos serviços quando o de insumos caíram para o nível mais fraco desde novembro de 2024, mas permaneceram historicamente altos em maio.

As empresas atribuíram os preços cobrados mais elevados ao ree dos custos aos clientes, com os dados apontando que as empresas pagaram mais por alimentos, combustíveis, materiais, aluguéis e artigos de papelaria.

"A notícia mais positiva veio do alívio na inflação ... Se essa tendência continuar, podemos ver o Banco Central pausando seu ciclo de aperto (monetário)", destacou Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

O BC volta a se reunir neste mês para decidir sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 14,75%.

Combinado com a primeira contração da indústria desde o fim de 2023, o resultado do setor de serviços levou o PMI Composto do Brasil a 49,1 em maio, de 49,4 em abril, marcando o segundo mês seguido de retração.

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