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Trump cita ação da Guarda Nacional contra protesto em LA; prefeita desmente

Polícia detém manifestante que bloqueava a entrada da garagem do Edifício Federal de Los Angeles após várias detenções pelo Serviço de Imigração e Alfândega - Daniel Cole/Reuters
Polícia detém manifestante que bloqueava a entrada da garagem do Edifício Federal de Los Angeles após várias detenções pelo Serviço de Imigração e Alfândega Imagem: Daniel Cole/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou suposta atuação da Guarda Nacional contra manifestantes em atos pró-imigração em Los Angeles, mas autoridades locais contestam versão e afirmam que a Guarda sequer foi para a rua.

O que aconteceu

Trump publicou texto nas redes sociais elogiando o suposto trabalho da Guarda para conter manifestantes pró-imigrantes. Agentes chegaram à cidade por volta das 4h [horário da Califórnia] deste sábado (8). Autoridades locais desmentem a versão de Trump de que ela tenha sido colocada de fato na rua.

Presidente dos EUA insinuou nas redes que operação já havia sido concluída graças às suas ações. "Excelente trabalho da Guarda Nacional em Los Angeles após dois dias de violência, confrontos e agitação", escreveu Trump. Mas políticos locais alertaram que não foi a Guarda Nacional que agiu durante a noite.

Ele criticou o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e da prefeita de Los Angeles, Karen Bass. "Temos um governador (Newscum) [forma usada por Trump para alterar o nome do governador e utilizar a palavra "scum", que significa "escória" em inglês) e a prefeitura (Bass) incompetentes que, como sempre foram incapazes de lidar com a tarefa", publicou em uma rede social.

Trump chamou manifestantes de "arruaceiros pagos" e disse que eles não seriam tolerados. O presidente dos EUA disse ainda que os protestos teriam sido organizados pela "esquerda radical". Ele escreveu ainda que "máscaras não seriam permitida nos protestos" e questionou: "o que essas pessoas têm a esconder?".

Pefeita de Los Angeles, Karen Bass diz que Guarda Nacional não foi a Los Angeles. "Quero agradecer à polícia de Los Angeles e à polícia local por seu trabalho esta noite. Também gostaria de agradecer a Gavin Newsom por seu apoio", disse. "Só para esclarecer, a Guarda Nacional não foi enviada para a cidade de Los Angeles", afirmou.

Na terça-feira (3), agentes federais prenderam mais de 2.200 imigrantes chegando ao recorde de detidos em um único dia. Os agentes intensificaram as ações contra os manifestantes e utilizaram bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes.

Diretor do Serviço de Migração e Alfândega dos EUA disse que não se desculparia pelas ações. Segundo Tom Homan, as autoridades estão "intensificando esforços" para lidar com a violência. "Não vamos nos desculpar por fazer isso", disse ele, à Fox News.

Fuzileiros navais

Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, levantou a possibilidade de enviar fuzileiros navais. "Os ataques violentos da multidão ao ICE (Immigrant Defense Project) e às forças policiais federais têm como objetivo impedir a remoção de estrangeiros ilegais criminosos de nosso solo, uma invasão perigosa facilitada por cartéis criminosos (também conhecidos como organizações terroristas estrangeiras) e um enorme risco à segurança nacional, disse.

Hegseth declarou que violência não será tolerada. "Sob o comando do presidente Trump, a violência e a destruição contra agentes federais e instalações federais não serão toleradas", afirmou. "Se a violência continuar, os fuzileiros navais da ativa em Camp Pendleton também serão mobilizados. Eles estão em alerta máximo", afirmou.

Governador da Califórnia se referiu à ideia de enviar fuzileiros navais como "perturbadora".

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