Advogado explica próximos os da defesa de Augusto e descarta renúncia
Ricardo Cury, advogado de Augusto Melo, explicou os próximos os da defesa após o presidente do Corinthians ser afastado em um processo de impeachment iniciado hoje. Ele falou logo após a votação, ocorrida no Parque São Jorge.
O que ele falou?
Augusto ausente na votação. "O presidente não acompanhou a reunião por estar profundamente abalado pelos acontecimentos dos últimos dias, seja o indiciamento ou o imaginado transcurso da reunião.
Bastidores da reunião. "A relação com o presidente do Conselho [Romeu Tuma Júnior] foi muito amistosa. Foi uma reunião sem maiores intempéries. Foram formuladas as questões de ordem no início da reunião — que a defesa entendia fundamentais para o procedimento da estratégia. Questões de ordem, inclusive, já levantadas na reunião de janeiro, com novas levantadas nesta reunião. Todas implicando, no entender da defesa, uma série de nulidades no processo."
Reforço para Augusto. "A defesa, nestes últimos dias, foi encorpada pela chegada do escritório do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Estávamos em diálogo permanente com o ex-ministro. A estratégia daqui para frente seja adotada pelos dois escritórios em comum. No mérito, além das questões de ordem, a defesa apresentou informações e dados, como havia prometido, de que não há nem omissão e nem ação do Augusto para autorizar qualquer tipo de destituição. No final da defesa oral, a gente expôs aspectos do inquérito policial e a fragilidade do indiciamento."
Próximos os. "Agora, com muita serenidade, vamos sentar nos dois escritórios para que a gente decida o que aproveitaremos e o que não aproveitaremos. Vamos ver o que fazer daqui para frente. Isso também depende de uma conversa com o cliente. Estamos convencidos de que, cedo ou tarde, a Justiça reconhecerá abusividades e ilegalidades do processo, além da fragilidade do indiciamento."
Vai ter renúncia? "Ele não desejou em nenhum momento renunciar e não vai renunciar porque é inocente. A renúncia seria uma espécie de reconhecimento de culpabilidade. É um momento muito delicado e impactante na história do Corinthians. A nossa orientação é que ele não renuncie."