Atleta do São Paulo, Bobadilla se defende após acusação de xenofobia na Libertadores
Nesta quarta-feira, o meio-campista Bobadilla, do São Paulo, se pronunciou após ter sido acusado de proferir insultos xenofóbicos contra o venezuelano Navarro durante a vitória por 1 a 0, diante do Talleres, pela Libertadores.
"Foi um jogo muito quente, com clima tenso. Depois do nosso segundo gol, troquei palavras com o jogador do Talleres e fui ofendido primeiro. Ele também me tratou com desprezo. Nunca tive a intenção de discriminar ninguém, mas durante aquele momento quente acabei reagindo mal. Queria me desculpar publicamente e pedirei desculpa se encontrá-lo pessoalmente. Desculpas e abraço a todos", declarou o volante paraguaio, através de suas redes sociais.
O entrevero gerou grande repercussão após a partida, uma vez que Navarro, lateral esquerdo do Talleres, foi às lágrimas no gramado e não queria continuar em campo. O jogador, entretanto, foi demovido da ideia, já que o árbitro não permitiu sua saída.
Após a partida, Bobadilla deixou o Morumbis rapidamente a fim de evitar não só a imprensa e um possível conflito com jogadores do Talleres, mas também a prisão em flagrante. O meio-campista, entretanto, é aguardado para prestar depoimento no DRADE (Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva) nesta quarta.
Navarro, que prestou depoimento no Jecrim (Juizado Especial Criminal), ainda no Morumbis, também se manifestou através das redes sociais, reiterando o ato de xenofobia de Bobadilla e garantindo que "irá lutar até as últimas consequências" devido ao ocorrido.
"Quisera eu ter em minhas mãos a solução da fome que vive meu pais, espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Não creio que se possa fazer muito contra a pobreza mental. Nunca vou me envergonhar de minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil pelas mãos de Damián Bobadilla. No futebol não há espaço para discursos de ódio", escreveu.