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Ancelotti aposta em mescla entre experiência e juventude em chegada à Seleção: "É uma conexão"

26/05/2025 20h30

O técnico Carlo Ancelotti apostou em uma mescla entre experiência e juventude em sua primeira convocação na Seleção Brasileira. O italiano apresentou sua primeira lista no comando do Brasil nesta segunda-feira, em evento realizado no Hotel Grand Hyatt, no Rio de Janeiro.

A convocação de Ancelotti trouxe nomes já conhecidos e com rodagem pela equipe, como Marquinhos, Casemiro, Alisson e Danilo. Por outro lado, também contou com jogadores mais jovens e menos experientes na Seleção profissional, como Wesley, Vanderson, Éderson e Estêvão.

Até por isso, o técnico deixou claro que os jogadores, mesmo que sejam de posições diferentes, podem se ajudar. O italiano citou, por exemplo, Estêvão, que acumula a quarta convocação aos 17 anos, e Casemiro, que aos 33 anos, já disputou duas Copas do Mundo com a Canarinho.

"Para fazer uma convocação, não olho o aporte. Por exemplo, o Casemiro está aqui porque merece, pelas suas qualidades. Dentro disso, há a experiência e conhecimento que tem, a liderança. O Estêvão não está porque tem 17 anos. Ele está porque tem qualidade para estar aqui. É uma conexão. Os jovens trazem entusiasmo, motivação e gana. A experiência te traz conhecimento, leitura das situações, liderança. É preciso juntar isso em uma equipe. O Casemiro pode ajudar o Estêvão na atitude e compromisso. É uma conexão", destacou Ancelotti.

A ausência de alguns nomes também chamou a atenção na convocação de Ancelotti. Endrick, lesionado, foi um deles. Outro do Real Madrid que ficou de fora foi Rodrygo. João Pedro (Brighton), João Gomes e André (Wolverhampton) e Savinho (Manchester City) foram mais jovens que não foram convocados.

Ancelotti afirmou que o Brasil forma bons jogadores, mas pregou paciência com os atletas mais jovens na Seleção. O treinador citou o exemplo de Vinícius Júnior, que chegou ao Real Madrid muito novo e, com o tempo, foi ganhando mais espaço e evoluindo para se tornar o craque que é hoje.

"Para mim, o Brasil tem excelentes jogadores. Só os que treinei nesses últimos três anos, falamos de Vini Jr., Endrick e Rodrygo. São três grandes talentos formados. Endrick tem um potencial muito grande, tem que aprender, como tiveram que aprender Vini e Rodrygo. É um processo que um jogador jovem de 17 anos tem que ter em um grande clube. Temos que ser paciente com os jovens, porque às vezes não estão completamente formados em nível físico, tático. São processos que o jogador tem que ar, não há dúvidas sobre isso. Sobretudo porque, hoje, o futebol é mais exigente. O futebol exige que os jovens de grandes clubes estejam prontos para jogar no mais alto nível", concluiu o técnico.

O primeiro compromisso oficial de Ancelotti como treinador da Seleção será contra o Equador no dia 5 de junho (quinta-feira), às 20h (de Brasília), no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, pela 15ª rodada das Eliminatórias. Depois, o Brasil recebe o Paraguai no dia 10 de junho (terça-feira), às 21h45, na Neo Química Arena, na 16ª rodada.

O italiano, que estava no Real Madrid, assume a vaga de Dorival Júnior e chega com a missão de melhorar a situação do Brasil nas Eliminatórias. A Seleção venceu apenas dois dos últimos cinco jogos no torneio e ocupa a quarta colocação, com 21 pontos, atrás de Uruguai, Equador e Argentina.

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