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Presidente do Corinthians tem pedido de habeas corpus negado pela Justiça

26/05/2025 20h14

O pedido de habeas corpus feito por Augusto Melo nesta segunda-feira foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Mais cedo, advogados do presidente do Corinthians entraram com a ação no Fórum Criminal da Barra Funda com o intuito de anular o inquérito da Polícia Civil sobre o caso VaideBet, que indiciou o mandatário por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.

A defesa de Augusto Melo alegava que o indiciamento da Polícia Civil era "prematuro" e estava sendo usado como uma "manobra política" para o impeachment do presidente, que será votado pelo Conselho Deliberativo do clube nesta segunda-feira, no Parque São Jorge.

No entanto, a juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro entendeu que não havia os requisitos necessários para conceder a liminar. Ela, portanto, indeferiu o pedido.

O mandatário, neste caso, estava sendo defendido pelos advogados Isabella Cristine Luna e Clovis Ferreira de Araújo. Clovis é ex-delegado e, aliás, quando titular no Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes) teve como assistente Fábio Baena, preso no ano ado por acusação de receber propina do PCC.

OUTRAS DERROTAS NA JUSTIÇA

Mais cedo, a juíza Marcia Cardoso, da 5ª Vara Cível do Tatuapé, indeferiu o pedido de aliados de Augusto Melo para que o processo de destituição do presidente do Corinthians fosse suspenso de forma imediata.

A solicitação foi protocolada na semana ada pelos advogados Marcos Ragazzi e José Trucilio Júnior. Eles contrataram José Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça durante o Governo de Dilma Rousseff, para auxiliar na ação. Ele foi defensor principal da ex-Presidenta da República no processo que culminou com a destituição dela.

Apesar da derrota na Justiça, a defesa de Augusto Melo deve decorrer da decisão. Em nota enviada à Gazeta Esportiva, José Eduardo Cardozo afirmou que, mesmo que o mandatário seja afastado da presidência, ele "irá propor medidas judiciais para anular a decisão em todas as instâncias".

Outro aliado de Augusto Melo, o conselheiro Roberto Willian Miguel, conhecido como 'Libanês', teve um outro pedido negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele entrou com uma solicitação na 5ª Vara Cível do Tatuapé para suspensão da votação do impeachment do presidente, teve a ação rejeitada na última sexta-feira e recorreu com agravo, mas sofreu nova derrota.

Todas as ações faziam parte de uma força-tarefa de Augusto e seus pares para derrubar a votação do impeachment no Conselho do Corinthians. O mandatário também viajou a Brasília duas vezes nos últimos dias com a intenção de obter uma liminar para derrubar a reunião no CD.

Nenhuma das tentativas, contudo, teve o resultado almejado. Sendo assim, o encontro foi mantido para esta segunda-feira. Antes mesmo da votação, Augusto Melo fez um pronunciamento à imprensa e reconheceu a derrota no Conselho.

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