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Bolsonaro pede dispensa de quatro testemunhas na ação do golpe

14.05.25 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dá entrevista ao UOL, em Brasília - Kleyton Amorim/UOL
14.05.25 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dá entrevista ao UOL, em Brasília Imagem: Kleyton Amorim/UOL
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Do UOL, em São Paulo

29/05/2025 20h15Atualizada em 29/05/2025 20h15

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) a dispensa de quatro testemunhas na ação que julga a trama golpista.

O que aconteceu

Entre os nomes que Bolsonaro dispensou estão o de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, e o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ). Os outros nomes são Amauri Feres Saad e Ricardo Peixoto.

Tarcísio está entre as sete testemunhas previstas pela manhã. Audiências são realizadas por videoconferência e começam às 8h. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve ser o último a ser ouvido.

Supremo já ouviu 43 testemunhas. Deste total, duas depam por escrito. As defesas pediram a desistência de 16 pessoas. A expectativa é que as audiências sejam concluídas na semana que vem.

Moraes conduziu todos os depoimentos. Ele deu broncas, mandou recados e orientou testemunhas. Outros ministros da Primeira Turma, onde está o processo em andamento, também acompanharam alguns depoimentos.

Governador foi ministro de Bolsonaro até março de 2022. Ele deixou o cargo para disputar o governo estadual e com isso, na prática, não participou de alguns dos principais episódios citados na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro e seus auxiliares, como a reunião ministerial de julho de 2022.

Tarcísio deve falar de encontros com o ex-presidente. O governador se reuniu com Bolsonaro duas vezes após o segundo turno, em novembro e dezembro de 2022. Os encontros, contudo, não são citados na denúncia da PGR ou na investigação sobre tentativa de golpe.

Bolsonaro tem levado testemunhas para negar a discussão sobre golpe. Ontem, os ouvidos apenas confirmaram que o ex-presidente questionou a lisura do pleito eleitoral de 2022 e nunca abordou nada ilegal.

Tarcísio também não participou de reuniões onde foram discutidas propostas de minuta golpista. O ex-ministro foi eleito no segundo turno daquele ano e não esteve em reuniões de Bolsonaro com chefes das Forças Armadas. Essas reuniões são consideradas o ponto mais forte da denúncia. Os ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército confirmaram no Supremo que Bolsonaro apresentou nestes encontros proposta de minuta para se manter no poder mesmo após a derrota para Lula.

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