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Copel renova máxima histórica com endosso de Itaú BBA e UBS BB

29/05/2025 14h10

(Reuters) - As ações da Copel figuravam entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira, tendo renovado topo histórico, endossadas por relatórios de analistas do Itaú BBA e do UBS BB reiterando recomendação de compra e "outperform" para os papéis, respectivamente, e elevando o preço-alvo.

Por volta de 12h20, Copel PNB valorizava-se 1,67%, a R$12,80, entre os destaques positivos do Ibovespa, que cedia 0,2%. Na máxima, chegou a R$12,83, máxima histórica intradia. No ano, acumula alta de cerca de 45%.

A equipe do Itaú BBA elevou o preço-alvo de R$13,3 para R$13,6, após incorporação da curva de preços de energia atualizada, que foi parcialmente compensada por novas premissas macroeconômicas e um custo de capital próprio mais alto em comparação com a última atualização.

"Apesar do recente desempenho mais forte da ação, ainda vemos um perfil de risco/retorno atrativo para a Copel", afirmaram Filipe Andrade e time em relatório enviado a clientes.

"A empresa está sendo negociada a uma TIR de 10,3%, com riscos de execução relativamente baixos, uma política de dividendos muito sólida e potenciais catalisadores de curto prazo, como uma possível migração para o Novo Mercado e o próximo leilão de reserva de capacidade."

"Em nossa visão, a empresa combina a melhor perspectiva para investidores dispostos a receber dividendos substanciais, ao mesmo tempo em que possui gatilhos que podem liberar mais valor para os acionistas", acrescentaram.

Na visão de Giuliano Ajeje e equipe do UBS BB, a Copel ainda tem um potencial de valorização considerável. Eles citaram a revisão tarifária da distribuidora da Copel de 2026, na qual esperam uma base de ativos regulatórios (RAB) líquida de R$17,6 bilhões, ante R$8,3 bilhões na última revisão em 2021.

"Além disso, e de forma importante, a empresa sinalizou ao mercado em seu Investor Day uma redução de 20% nos custos de pessoal, material, serviços e outros (PMSO) entre 2023 e 2026, o que deve melhorar as margens e devemos observar cortes de custos na Copel-D após o término do ano de teste", acrescentaram.

Os analistas, que elevaram o preço-alvo das ações de R$13 para R$14, ainda destacaram que a recente política de dividendos anunciada pela empresa reforça uma visão positiva para a empresa, com o melhor dividend yield na cobertura do UBS BB no setor, de 13,7% ao ano entre 2025 e 2028.

(Por Paula Arend Laier)

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