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Jurista: Depoimento de Tarcísio em ação contra Bolsonaro tem peso simbólico

do UOL

Do UOL, em São Paulo

29/05/2025 12h33

O depoimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como testemunha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem peso simbólico e serve apenas para gerar conteúdo nas redes sociais, analisou o professor Davi Tangerino no UOL News, do Canal UOL.

Acho que tem um peso no máximo simbólico. O Tarcísio é um sujeito cuja percepção por um grupo político da direita e da extrema-direita é muito positiva, mas, do ponto de vista do jogo estritamente processual, desempenham um papel muito lateral.

Ele dizer 'Jair Bolsonaro nunca me falou nada sobre golpe' não prova que essa conversa não aconteceu. Davi Tangerino, professor de direito penal na UFRJ (Universidade Federal do Rio Janeiro)

O ex-presidente Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado, indicou Tarcísio de Freitas e ex-ministros como testemunhas de defesa no processo no STF (veja abaixo a lista de testemunhas de defesa). O depoimento do governador de São Paulo está previsto para ocorrer amanhã.

Acho que no frigir os ovos é mais uma testemunha para gerar conteúdo para as redes, alimentar um discurso, do que uma testemunha que vai desempenhar um papel realmente impactante na relação processual. Davi Tangerino, professor de direito penal na UFRJ (Universidade Federal do Rio Janeiro)

Veja a lista de testemunhas indicadas por Bolsonaro:

  • Amaury Feres Saad;
  • Coronel Wagner Oliveira da Silva;
  • Renato de Lima França;
  • Eduardo Pazuello;
  • Rogério Marinho;
  • Hamilton Mourão;
  • Ciro Nogueira;
  • Tarcísio Gomes de Freitas;
  • Gilson Machado;
  • general Marco Antônio Freire Gomes;
  • brigadeiro Carlos Baptista Júnior;
  • general Júlio César de Arruda;
  • Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro;
  • Ricardo Peixoto Camarinha;
  • Giuseppe Dutra Janino.

Acusação contra Bolsonaro

Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista viraram réus no STF em março deste ano. Eles aram a responder a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirma que ex-presidente sabia da existência e deu aval à chamada "minuta do golpe". O decreto trazia medidas para implementar um golpe de Estado no país e não permitir que o presidente Lula, vencedor da disputa de 2022, assumisse o cargo

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