Abiec: exportação de carne bovina avança 4,3% em maio ante maio de 2024
São Paulo, 11 - As exportações brasileiras de carne bovina cresceram 4,3% em volume em maio, para 250,8 mil toneladas, na comparação com igual período de 2024. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Já a receita avançou 18,5% na mesma base de comparação, para US$ 1,252 bilhão. Isso refletiu o aumento de 13,7% do preço médio, para US$ 4.990 a tonelada. A China continua como principal destino da proteína brasileira, com 112,8 mil toneladas embarcadas apenas em maio - cerca de 45% do total exportado no mês. A carne bovina in natura é o carro-chefe da pauta exportadora do setor, respondendo por 86,9% dos embarques. Miúdos (7,3%) e industrializados (3,3%) também têm ganhado espaço, refletindo uma diversificação gradual nos produtos destinados ao mercado internacional.Entre os destaques de maio estão as exportações de gordura bovina, que mais que dobraram em relação a abril, além de avanços em categorias como tripas e produtos salgados. Apesar do bom desempenho externo, o consumo interno ainda absorve cerca de 70% da produção nacional de carne bovina, segundo a entidade.No acumulado de janeiro a maio, há avanço de 11,4% no volume embarcado, para 1,2 milhão de toneladas, o que gerou uma receita de US$ 5,803 bilhões, alta de 22,5%. "O desempenho ao longo de 2025 mostra que estamos no caminho certo. A expectativa é de crescer 12% tanto em volume quanto em faturamento, superando a marca de 3,2 milhões de toneladas exportadas e alcançando US$ 14,4 bilhões em vendas", afirmou, em nota, o presidente da Abiec, Roberto Perosa.Os chineses já importaram 505 mil toneladas de carne bovina em 2025, alta de 13,4%, movimentando US$ 2,48 bilhões. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição, com 163 mil toneladas embarcadas no ano (+121%) e receita de US$ 916,5 milhões. Já o México aparece como destaque, com alta de 361% nas compras, totalizando 35,6 mil toneladas até maio. Também figuram entre os principais mercados Chile, Rússia, Egito, Hong Kong, União Europeia, Filipinas, Arábia Saudita e Argélia.Segundo Perosa, a recente declaração da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que reconheceu o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação, deve abrir novos mercados para a carne bovina brasileira nos próximos meses. "Novas oportunidades que já estavam no nosso radar devem se concretizar, ampliando ainda mais o o da carne bovina brasileira aos mercados mais exigentes do mundo", disse.